Água Oxigenada na lua de Júpiter

Peroxido de Hidrogênio, popularmente conhecido como água oxigenada, é encontrado em Europa, Lua de Saturno.

Segundo Dados na faixa near-infrared da luz de Europa, usando o telescópio Keck II, em Mauna Kea, no Havaí, ao longo de quatro noites em setembro de 2011, Foi encontrado na Lua Europa, que está orbitando ao redor de Júpiter, uma abundância de peróxido de 0,12 por cento em relação à água.
(Para perspectiva, este é cerca de 20 vezes mais diluído do que a mistura de peróxido de hidrogênio disponível em lojas.)
Esta imagem composta combina imagens verde e infravermelho da lua intrigante de Júpiter, Europa, para uma visão da lua na cor natural (à esquerda) e em cor melhorada criada para realçar as diferenças de cores sutis na superfície (à direita). Crédito da imagem: NASA / JPL-Caltech / Universidade do Arizona

Peróxido de hidrogênio foi detectado pela primeira vez na Lua Europa pela Nave Galileu em uma missão da NASA, que explorou o sistema de Júpiter de 1995 a 2003, mas as observações da Galileu eram de uma região limitada. Os novos resultados mostram que o peróxido é difundido em grande parte da superfície de Europa, e as maiores concentrações estão em regiões onde há pouco enxofre. O peróxido é criado pela radiação intensa no gelo da superfície, que vem a partir do forte campo magnético de Júpiter.

"As medições da Galileu nos deram dicas tentadoras do que poderia estar acontecendo em toda a superfície de Europa, e nós agora fomos capazes de quantificar isso com as nossas observações do telescópio Keck", disse Brown (Co-Autora do Artigo). "O que ainda não sabemos é qual é a concentração no oceano abaixo da superfície de Europa, o que proporcionaria uma fonte de energia para microrganismos.

Os cientistas acreditam que o peróxido de hidrogênio é um fator importante para a habitabilidade do oceano global de água líquida sob a crosta gelada de Europa, porque o peróxido de hidrogênio se decompõe em oxigênio quando misturado em água líquida. Em Europa, compostos abundantes como este peróxido poderiam ajudar a satisfazer a exigência de energia química necessária para a vida dentro do oceano, se houver peróxido de hidrogênio suficiente misturado no mesmo.

Obs. Não há prova definitiva de que exista vida nesta lua, mas ela é tratada pelos estudiosos como uma das principais candidatas a abrigar vida microbiana ou vida marinha em nosso Sistema Solar, fora da Terra, pois Além de ter água no estado líquido em baixo de uma crosta de gelo, este "pequeno mundo" detém em sua superfície quantidades significantes de carbono, nitrogênio, fósforo e enxofre, elementos que são fundamentais para o surgimento da vida como a conhecemos.

O estudo foi financiado em parte pelo Instituto de Astrobiologia da NASA através da equipe de mundos gelados com base no JPL, uma divisão da Caltech.
Adaptado de