Nebulosa do Esquimó

Observada pela primeira vez em 1787 pelo astrônomo William Herschel. 
Por sua aparência curiosa, que lembra o rosto de uma pessoa cercado por um capuz, recebeu o nome de Nebulosa do Esquimó.

Nebulosa do Esquimó ( NGC 2392)

A Nebulosa do Esquimó (NGC 2392) fica a aproximadamente 3.000 anos-luz de distância da Terra na Constelação de Gêmeos e pode ser visualizada com o auxílio de um pequeno telescópio, pois é uma nebulosa bastante brilhante. Ela é classificada como uma nebulosa planetária.


Nebulosa... Planetária??


Uma nebulosa (do latim: nuvem) é uma nuvem interestelar de poeira, hidrogênio, hélio e outros gases ionizados. O termo nebulosa era utilizado para qualquer objeto astronômico que possuísse uma aparência difusa e que estivesse situado fora do sistema solar. 

Como os instrumentos na época não permitiam um melhor detalhamento nas observações de objetos que estivessem bem distantes, o termo acabou sendo utilizado, de forma errada, incluindo em um único grupo as galáxias (que eram chamadas de nebulosas extragalácticas) e as nebulosas (que eram denominadas nebulosas galácticas. O primeiro grupo é constituído por uma grande quantidade de estrelas e gás. Já o segundo é constituído por uma quantidade bem inferior de gás localizados em uma única galáxia. Hoje, o termo nebulosa, é atribuído somente ao segundo grupo.

As nebulosas são, em alguns casos, regiões de formação estelar, como a Nebulosa de Águia. Muitas nebulosas ou estrelas são resultado do processo de colapso gravitacional de gás do meio interestelar. Quando esse material entra em colapso sob o seu próprio peso, estrelas maciças podem ser formadas. Algumas nebulosas podem originar-se da explosão de supernovas. 

Elas podem ser classificadas como: Nebulosas de Emissão (nuvens de gás com temperaturas altíssimas), Nebulosas de Reflexão (refletem a luz de estrelas), Nebulosas Escuras (nuvens de gás que impedem a passagem, quase que por completo, de luz) e Nebulosas Planetárias. Neste texto vamos nos fixar nos detalhes apenas das Nebulosas Planetárias, pois a Nebulosa de Esquimó é uma nebulosa desse 
tipo. 

Nebulosa Planetária

Nebulosas Planetárias
Conhecida também como Nebulosa Estelar Remanescente

São chamadas de planetárias, porque ao serem observadas com os telescópios da época, por volta do século XVII, elas possuem uma aparência de planetas gigantes, mas é importante ressaltar que elas não possuem nenhuma relação com planetas. 

São originadas por estrelas que atingem a fase de gigante vermelha. A estrela não consegue mais se sustentar através das reações de fusão em seu centro, uma vez que o seu combustível esgotou-se.  Assim, as camadas mais externas da estrela são expulsas através da pulsação e de ventos estelares. Com isso a estrela acaba deixando exposto a região central que é bastante quente, com núcleos de carbono e oxigênio degenerados.

Em um processo muito rápido a temperatura da estrela sobe bastante, cerca de uns 30.000 K, e nessa faixa de temperatura a estrela passa a emitir uma alta taxa de ultra-violeta. Essa radiação é muito energética e com isso grande parte da camada de hidrogênio que foi expelida pelo vento estelar acaba sendo ionizado, no centro resta um objeto morto, denso, um diamante do tamanho da Terra, conhecido como anã branca. A camada começa a irradiar, tornando-se uma nebulosa planetária

A nuvem de hidrogênio que fica ao redor da estrela, possui uma forma que, em geral, é semelhante à de uma esfera e que lembra a forma dos planetas.

Gás quente da Nebulosa de Esquimó

Estrelas como o nosso Sol, quando estão perto do fim de suas vidas atingem a fase em que elas crescem formando um objeto de centenas de vezes o seu tamanho original (fase da gigante vermelha). Bem no coração dessas estrelas, a fornalha nuclear, que antes era uma fonte de energia estável, começa a sofrer variações. O processo é o mesmo que descrevemos para a Nebulosa Planetária. 

ESA/NASA and M.A. Guerrero 

A Nebulosa de Esquimó é um exemplo famoso desse tipo de corpo celeste. A imagem acima mostra, em uma composição de imagens ópticas obtidas pelo telescópio Hubble e em raios-x, obtidas pelo XXM-Newton. 

As nebulosas planetárias exibem uma grande diversidade de formas e, como a Nebulosa do Esquimó, possuem estranhas linhas e simetrias que são pouco entendidas. Algumas das formas que as nebulosas planetárias possuem acredita-se que sejam produzidas por interações do vento originado da estrela central e do gás que a circunda. 

Na imagem, com tonalidade azulada, é possível observar o gás que emite os raios-x. Eles parecem preencher a fase da nebulosa e isso, para os astrônomos, revela uma importância dessas interações, uma vez que o vento proveniente da estrela central se choca com a ejeção prévia e que aquece o raio-x em temperaturas altíssimas de milhões de graus.

__________________________________________________________________________

Referências:


Gostou?!  =)
Então compartilhe! Venha conhecer a nossa página no Facebook: AstroPhysis

Ps.: Qualquer dúvida, erro, crítica, sugestões favor deixar no espaço disponível para comentários.